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Cinema Paradiso | Perfil [reportagem]

Para o site “Cinema Paradiso”, projeto de um amigo durante a faculdade (em 2009), participei como repórter e fiz alguns perfis de atrizes, como Meryl Streep e Sandra Bullock.
 
Uma atriz única
 
Ser a mais indicada ao Oscar não é para qualquer um. Na verdade, isso é privilégio de somente uma pessoa até hoje: Meryl Streep. 
 
Lenda viva do cinema, Mary Louise Streep, nasceu dia 22 de junho de 1949, na cidade de Summit, em New Jersey (EUA).  Filha de Mary Streep, artista gráfica, e Harry William Streep, um executivo farmacêutico, Meryl foi criada ouvindo sua mãe cantar ao lado do piano no qual seu pai tocava. Com esse costume desenvolveu uma paixão por ópera, que leva até hoje, mas que a levou conhecer o teatro.
 
Seu período de escola ocorreu em Bernards High School, Bernardsville / New Jersey, junto com seus dois irmãos, Dana e Harry, mais novos.
 
Em 1971, tirou o bacharelado em Teatro na Vassar College e em seguida se formou em Música, Arte Dramática e Ópera na Universidade de Yale, que de forma ambiciosa, chegou a participar de mais de 40 peças de teatro.
 
Assim que se formou foi para a cidade de Pheonix, aonde trabalhou no Theatre Repertory Company, e por seu trabalho ganhou um dos primeiros prêmios importantes, o Outer Critics Circle Award; além de ter sido indicada ao Tony Awards.
 
Foi com o filme “Julia”, de Fred Zennemann, em 1977, que Meryl Streep fez sua estréia no cinema, sem saber que se tornaria uma das melhores no ramo.
 
O ano seguinte foi estrelado para Meryl. Participou da minissérie de TV Holocausto e ganhou mais um prêmio, o Emmy de melhor atriz. Ao lado de Robert DeNiro, em “O Franco Atirador” seu papel era pequeno, mas ganhou tanta força, que recebeu sua primeira indicação ao Oscar. E se casou com o escultor Don Gummer, no dia 30 de setembro, com quem mantém um casamento consolidado até hoje.
 
Muito reservada na sua vida particular, faz questão de manter sua família longe da mídia. Tem quatro filhos com Don Gummer: Henry (1979), Mary Willa (1983), Grace Jane (1986) e Louisa Jacobson (1991). Os dois primeiros seguiram a carreira da mãe, porém não com a mesma intensidade. Henry é ator, diretor e músico, atuando mais na última profissão. Mary Willa é atriz da Broadway, conhecida mais pelo nome de Mamie Gummer, e já fez um filme com a mãe, “Ao Entardecer”, interpretando a versão jovem de Meryl.
 
Sua primeira estatueta dourada veio em 1979, com o filme “Kramer vs Kramer”, onde interpretou a esposa de Dustin Hoffman. Em 1982 recebeu seu segundo Oscar, pelo dramático filme “A Escolha de Sofia”. Seu papel era de uma polonesa que para escapar da perseguição nazista, foi obrigada a desistir de um de seus filhos.
 
A carreira de Meryl Streep não foi sempre tão meteórica. No início dos anos 90 ela recebeu duras críticas, como a da atriz Katharine Hepburn, que afirmava que Meryl era extremamente técnica e sem emoção, e alguns críticos também chegaram a afirmar isso. Durante essa situação, Meryl Streep não encontrava papéis à altura do que estava precisando, até que em 1995 atuou em “As Pontes de Madison”, com Clint Eastwood e silenciando seus críticos, recebeu uma indicação ao Oscar.
 
Em 2000 finalizou mais uma briga, dessa vez com Madonna. No filme “Evita”, no ano de 1996, Meryl Streep perdeu o papel principal para a cantora e chegou a declarar que seria melhor que Madonna nas cenas de canto. No ano de 2000 ela estrelou o filme “Música do Coração”, ganhando o papel na frente de Madonna e recebendo uma indicação para o Oscar.
 
Durante a sua preparação para “Música do Coração”, Meryl Streep aprendeu a tocar violino durante oito semanas, ensaiando seis horas por dia. Seu perfeccionismo na preparação e imersão em seus personagens é uma de suas características admirada por muitos companheiros de cena.
 
Meryl Streep pode ser considerada um legado do cinema mundial. Seja na comédia ou no drama, ela mostra que além de muita técnica – o que é muito necessário – também tem profissionalismo e dedicação. Meryl é certeza de sucesso e de grande bilheteria. E para não perder o costume, a presença na maior noite de gala do cinema.
 
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A mais simpática das namoradas
 
Na década de 90, Sandra Annette Bullock entrou para o rol das “namoradinhas dos EUA”, com o filme “Velocidade Máxima”. Entretanto, não foi de um dia para o outro que isso aconteceu.
 
Sandy (apelido de Sandra) nasceu em 1964, na cidade de Arlington, no estado de Virginia, nos Estados Unidos. Filha de Helga Meyer, uma cantora de ópera alemã, e John Bullock, um professor de técnica vocal do Alabama (EUA), Sandra Bullock teve uma infância agitada. Ela e sua irmã Gesine Bullock se dividiam entre Arlington e Salzburg, na Áustria, devido aos compromissos da mãe.
 
Desde pequena ela teve contato com o palco, e sempre fazia participações nas peças de ópera de Helga. Em 1982, se formou no colegial, na escola Washington-Lee High School, em Arlington, e logo em seguida se mudou para o estado da Carolina do Norte, onde quase terminou o curso de artes dramáticas na East Carolina University. Sandra resolveu tentar a sorte como atriz em Nova York a três créditos de terminar a faculdade.
 
Já em Nova York, Sandra Bullock arranjou um emprego de garçonete para pagar as aulas de teatro com Sanford Meisner, que ensinou atores como Robert Duvall, Diane Keaton e Joanne Woodward.
 
O começo da fama
 
Seu primeiro trabalho notado pela crítica americana foi em “No Time Flat”, na Broadway, em 1988. Após um tempo considerável na “big city” e alguns papéis secundários, ela decide ir para Los Angeles/Hollywood e correr atrás de vez da sua carreira como atriz.
 
Na capital do cinema, Sandra conseguiu um papel no filme “Working Girl”, que a NBC iria lançar baseado na série “Uma secretária do futuro”. Mas o longa foi cancelado antes de começar a produção.
 
Isso não abalou o objetivo da atriz, já que não estava muito contente com esse papel. Em seguida participou do filme para TV “The Preppie Murder”, com William Baldwin, além de vários outros de orçamentos menores como “Fire in the Amazon” e “Who do I gotta Kill”.
 
Depois de várias tentativas para se lançar como atriz, foi em 1992 que sua chance chegou. Junto com o ator Tate Donovan, com quem teve um relacionamento de três anos, Sandra foi destaque no filme “Poção de Amor Nº 9”. No ano seguinte atuou em pelo menos cinco filmes. Na ficção “O Demolidor”, ela substituiu Lori Petty e contracenou com Sylvester Stallone. Joel Silver, produtor desse filme, gostou tanto do trabalho de Sandra que a indicou para Jan De Bont, que estava na pré-produção do filme que seria o lançamento de Bullock.
 
O sucesso
 
Em 1994, Sandra Bullock era a atriz do momento. Junto com Keanu Reeves e Dennis Hopper, “Velocidade Máxima” faturou 120 milhões de dólares e foi um sucesso de bilheteria e público, transformando sua estrela principal em atriz de primeira linha na tão aclamada Hollywood.
 
A partir desse filme, Sandra estrelou vários outros, tanto em dramas quanto em comédias-românticas, na qual é mais aclamada. “Enquanto você dormia” (que faturou 85 milhões de dólares e rendeu alguns prêmios), “A Rede”, “Corações Roubados”, “Tempo de Matar” e “No Amor e na Guerra” foram alguns dos seus sucessos seguintes.
 
Seu primeiro fracasso considerável – depois de “Velocidade Máxima” – foi justamente a continuação: “Velocidade Máxima II”, que não contou com a participação de Keanu Reeves.
 
A empresária Sandra Bullock
 
No meio de grandes sucessos e algumas decepções, Sandra Bullock resolve criar sua própria produtora, a Fortis’Films, que tem sua irmã-advogada, Gesine, como vice-presidente. Com a Fortis ela produziu filmes como “Quando o amor acontece”, que foi dirigido pelo ator Forest Whitaker, “Da Magia à Sedução”, com Nicole Kidman novinha, e o curta-metragem “Making Sandwiches” que contou não só com a produção de Sandra, mas com roteiro e direção dela; o curta foi apresentado no Festival de Cinema de Sundance.
 
Seu sucesso seguinte foi “Forças do Destino”, com Ben Aflleck e o desenho “O Príncipe do Egito”, de Steven Spielberg, no qual dublou a personagem Miriam. Em “28 Dias” apresentou um personagem mais dramático, e em “Miss Simpatia” caiu de vez nas graças do público, demonstrando que tem espaço garantido na comédia.
 
Até 2005 lançou 4 filmes, sendo 3 deles bem conhecidos: “Amor à Segunda Vista”, “Cálculo Mortal” e “Crash – No Limite”. O ano de 2005 foi bem importante para Sandra Bullock por dois motivos: lançou “Miss Simpatia 2” , que como o primeiro teve grande sucesso; e casou com o também ator, Jesse James, com quem está atualmente.
 
Em 2006 teve seu reencontro com o ator Keanu Reeves no romance “A Casa do Lago”. Em 2007, no filme “Premonição” mostrou um lado mais sombrio.
 
Este ano vemos Sandra Bullock no filme “A Proposta”, com Ryan Reynolds, uma comédia-romântica que traz um mix de outras fórmulas que deram certo, mas como sempre, Sandra afirma sua condição de comediante. Até o fim de 2009 estão previstos mais dois lançamentos: o drama “The Blinde Side” e a comédia “All About Steve”, com Bradley Cooper.
Cinema Paradiso | Perfil [reportagem]
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Cinema Paradiso | Perfil [reportagem]

Reportagem em formato de perfil, produzidas para o site especializado, Cinema Paradiso.

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